O FARMACÊUTICO QUE FAZIA O
BEM SEM OLHAR A QUEM
Lourenço Bosi (in memorian) inaugura a coluna 'Personagem da Cidade' no OPC Jornal Foto álbum de família/montagem OPC Jornal |
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Há
pouco mais de um ano, Colatina se despedia de uma das maiores personalidades da
cidade, uma unanimidade nos quesitos honestidade, profissionalismo, empatia e
cordialidade, que fizeram de Lourenço Bosi (1931-2022) uma referência no
segmento farmacêutico do município.
A atividade farmacêutica começou há mais de 60 anos, quando Lourenço e seu irmão Luiz Bosi, em meados da década de 1950, se uniram para fundar a Drogaria Brasil, já extinta.
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Mais adiante, Lourenço, em voo solo, resolveu abrir a sua própria empresa,
inaugurando a Farmácia Bosi, hoje com duas lojas, além de um laboratório de
manipulação, todos em Colatina. Em 2023, a Farmácia Bosi completa 59 anos de
fundação.
Lourenço e Dona Santinha no aniversário de 80 anos do farmacêutico: juntos por 67 anos. Foto álbum de família |
Os
que tiveram a oportunidade de conviver com Lourenço Bosi conheceram um homem,
sobretudo, humanista, preocupado com o bem-estar alheio e que, como farmacêutico,
colocava em prática ações que o fizeram ser reconhecido como um profissional que fazia o bem sem olhar a quem.
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“Até quando a legislação
permitiu que as farmácias estocassem amostras grátis, lembro que papai, por inúmeras vezes, doou aos clientes os remédios, amostras grátis ou não, que não podiam pagar; era comum as pessoas saírem da
farmácia com mais produtos doados do que vendidos”, lembra Paulo Roberto Bosi,
59, filho de Lourenço, também farmacêutico, com formação pelo Centro Universitário do Espírito Santo - Unesc.
Paulo Roberto: "Lembro que papai, por inúmeras vezes, doou aos clientes os remédios, amostras grátis ou não..." Foto OPC Jornal |
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Outro
aspecto que vale a pena destacar sobre Lourenço Bosi, além da capacidade que
ele tinha de se colocar no lugar do semelhante menos favorecido, é o nível de
exigência que tinha com ele mesmo. Lourenço, apesar da prática profissional que o fez um
dos melhores farmacêuticos do estado, não possuía curso superior em Farmácia,
nem mesmo o curso técnico.
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Quando o Conselho Regional de Farmácia (CRF/ES), no
final da década de 1990, ofereceu o provisionamento aos chamados farmacistas,
profissionais que não têm formação específica em farmácia, Lourenço
resolveu não aceitar o reconhecimento oficial do CRF. “Papai não achava
justo não ter formação acadêmica e, mesmo assim, ser reconhecido como
farmacêutico pelo CRF”, conta Paulo Roberto.
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No
dia 22 de maio de 2022, a quatro dias de completar 91 anos, Lourenço Bosi saiu
da vida para entrar para a História de Colatina e região, deixando esposa, Dona
Santinha Merlo Bosi, com quem foi casado por 67 anos, seis filhos, 10 netos
e dois bisnetos. Deixou, também, um legado de trabalho árduo, honradez e amor
ao próximo que certamente nunca será esquecido pela atual e próximas
gerações.
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